No capitulo 6 de Mateus, Jesus deixa claro que os motivos por detrás das expressões religiosas dão a estas o seu significado. Assim, a religião como espetáculo, para impressionar a Deus, a outras pessoas ou a si mesmo, é falsa e fútil. É, portanto, relevante refletir sobre as palavras do Mestre, num tempo em que as manifestações cristãs se resumem a shows e espetáculos de todos os tipos. Quais serão os verdadeiros motivos por detrás dos megaeventos? Salvação de almas? Será?
- Nenhum ato é de si mesmo mau ou bom; é necessário que haja qualidades morais, produzidas por motivos, intenções, contextos e outros fatores. Ex. Um empurrão (ato rude ou heroico); um beijo (Amor ou traição – Judas)
- A piedade cristã pode ter três motivações básicas:
- “Impressionar a Deus”
- Impressionar outras pessoas
- Impressionar a si mesmo
- Versículos:
- Um:
- Jesus vai falar de obras de caridade e devoção, especificamente, esmolas (assistência), oração e jejum. Manifestações religiosas exibidas pelos fariseus. Uma pessoa que representa um papel religioso para ganhar louvor dos homens, pode ter sucesso, mas esse louvor é o máximo que ela pode esperar.
- Dois a quatro:
- O evangelho me diz que as minhas obras de caridade (sociais) devem ser anônimas e secretas;
- Embora os discípulos devam ser vistos praticando boas obras, eles não devem fazer boas obras com o objetivo de serem vistos.
- Qual a motivação de instituições religiosas que filmam, tiram fotos, e, exibem de várias maneiras suas obras sociais?
- Porque tirar fotos quando vou entregar cestas básicas para alguém? Cobertores para os que vivem nas ruas? Sopão para os famintos? Qual a motivação?
- Porque fazer questão que o meu nome seja citado como doador que algo à igreja?
- Em muitos contextos evangélicos, não há diferença entre os pastores e os políticos do nosso País, pois são verdadeiros atores (hipócritas), lideres populistas.
- Cinco e seis:
- Os hipócritas, geralmente fariseus e escribas, eram verdadeiros atores, assim, a oração era também uma representação teatral diante dos homens;
- Nos nossos dias há pessoas que se dizem pregadores, profetas, cantores, mas ele é apenas um ator que apresenta o seu “show” e aguarda os aplausos;
- Jesus nos ensina a orar no anonimato, que Deus nos ouvirá;
- Podemos orar publicamente, contudo, não para exibir aos homens, como alguns que impostam a voz, fazem poses, se gabam de orar nos montes e nas madrugadas.
- Sete e oito:
- Jesus muda da figura dos hipócritas para os gentios, ou pagãos; que repetiam preces de maneira ininteligível;
- Deus não pode ser pressionado a agir devido ao nosso muito falar;
- O proposito da oração não é informar Deus, pois ele já sabe o que nos é necessário;
- Deus não precisa ser persuadido a nos ajudar, pois ele já está interessado em nosso bem.
- Orar é mais muito mais do que pedir, é abrir-se para Deus, o supremo Pai celestial, numa relação de profundo amor e misericórdia.
- Nove:
- Oração modelo (Pai nosso)
- Dezesseis ao dezoito:
- Quando jejuava, o fariseu hipócrita tinha um prazer especial desfigurando-se com o uso de cosméticos que o faziam parecer morto, de modo que ninguém deixaria de notar a intensidade de sua auto-mortificação
- Jesus jejuava, e esperava que seus seguidores o fizessem também, pois ele presumi: Quando jejuardes...
- O jejum ou a abstinência é um importante meio individual para se libertar de alguns vícios, e também criar disciplina; entretanto, não deve ser exibido.
- Os fariseus jejuavam duas vezes por semana, e faziam disso em teste de piedade. Contudo, nós não temos que provar nada a nenhum homem. (só quem tem fé fará isso ou aquilo...)
- Os sacrifícios que propomos em nosso coração, devem ser um segredo entre mim e Deus.