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sexta-feira, 11 de setembro de 2015

PIEDADE ANÔNIMA

No capitulo 6 de Mateus, Jesus deixa claro que os motivos por detrás das expressões religiosas dão a estas o seu significado. Assim, a religião como espetáculo, para impressionar a Deus, a outras pessoas ou a si mesmo, é falsa e fútil.  É, portanto, relevante refletir sobre as palavras do Mestre, num tempo em que as manifestações cristãs se resumem a shows e espetáculos de todos os tipos. Quais serão os verdadeiros motivos por detrás dos megaeventos? Salvação de almas? Será?
  • Nenhum ato é de si mesmo mau ou bom; é necessário que haja qualidades morais, produzidas por motivos, intenções, contextos e outros fatores. Ex. Um empurrão (ato rude ou heroico); um beijo (Amor ou traição – Judas)
  • A piedade cristã pode ter três motivações básicas:
    • “Impressionar a Deus”
    • Impressionar outras pessoas
    • Impressionar a si mesmo
  • Versículos:
    • Um:
      • Jesus vai falar de obras de caridade e devoção, especificamente, esmolas (assistência), oração e jejum. Manifestações religiosas exibidas pelos fariseus. Uma pessoa que representa um papel religioso para ganhar louvor dos homens, pode ter sucesso, mas esse louvor é o máximo que ela pode esperar.
    • Dois a quatro:
      • O evangelho me diz que as minhas obras de caridade (sociais) devem ser anônimas e secretas;
      • Embora os discípulos devam ser vistos praticando boas obras, eles não devem fazer boas obras com o objetivo de serem vistos. 
      • Qual a motivação de instituições religiosas que filmam, tiram fotos, e, exibem de várias maneiras suas obras sociais?
      • Porque tirar fotos quando vou entregar cestas básicas para alguém? Cobertores para os que vivem nas ruas? Sopão para os famintos? Qual a motivação?
      • Porque fazer questão que o meu nome seja citado como doador que algo à igreja?
      • Em muitos contextos evangélicos, não há diferença entre os pastores e os políticos do nosso País, pois são verdadeiros atores (hipócritas), lideres populistas.
    • Cinco e seis:
      • Os hipócritas, geralmente fariseus e escribas, eram verdadeiros atores, assim, a oração era também uma representação teatral diante dos homens;
      • Nos nossos dias há pessoas que se dizem pregadores, profetas, cantores, mas ele é apenas um ator que apresenta o seu “show” e aguarda os aplausos;
      • Jesus nos ensina a orar no anonimato, que Deus nos ouvirá;
      • Podemos orar publicamente, contudo, não para exibir aos homens, como alguns que impostam a voz, fazem poses, se gabam de orar nos montes e nas madrugadas.
    • Sete e oito:
      • Jesus muda da figura dos hipócritas para os gentios, ou pagãos; que repetiam preces de maneira ininteligível;
      • Deus não pode ser pressionado a agir devido ao nosso muito falar;
      • O proposito da oração não é informar Deus, pois ele já sabe o que nos é necessário;
      • Deus não precisa ser persuadido a nos ajudar, pois ele já está interessado em nosso bem.
      • Orar é mais muito mais do que pedir, é abrir-se para Deus, o supremo Pai celestial, numa relação de profundo amor e misericórdia.
    • Nove:
      • Oração modelo (Pai nosso)
    • Dezesseis ao dezoito:
      • Quando jejuava, o fariseu hipócrita tinha um prazer especial desfigurando-se com o uso de cosméticos que o faziam parecer morto, de modo que ninguém deixaria de notar a intensidade de sua auto-mortificação
      • Jesus jejuava, e esperava que seus seguidores o fizessem também, pois ele presumi: Quando jejuardes...
      • O jejum ou a abstinência é um importante meio individual para se libertar de alguns vícios, e também criar disciplina; entretanto, não deve ser exibido.
      • Os fariseus jejuavam duas vezes por semana, e faziam disso em teste de piedade. Contudo, nós não temos que provar nada a nenhum homem. (só quem tem fé fará isso ou aquilo...)
      • Os sacrifícios que propomos em nosso coração, devem ser um segredo entre mim e Deus.

MALDITO HOMEM QUE SOU – Rm 7. 14-25 / 8. 1-2

Em tempos de falácia sobre batalha espiritual, demonização de tudo e todos; precisamos refletir sobre as palavras de Paulo, pois elas nos ensinam que antes de lutar contra o diabo, temos que lutar contra nós mesmos. Há um conflito introspectivo, e, este, é diário e constante.

O texto de romanos 7. 14-25 é um dos textos que tem gerado varias divergências na historia da igreja; ou seja, há algumas posições teológicas sobre o assunto, a linha que acreditamos é mesma dos reformadores. Assim, Paulo fala de sua experiência pessoal, um homem regenerado, entretanto, provando de sua natureza pecaminosa, que, apesar de não domina-lo, está presente em seu corpo.
Na verdade, a partir do versículo 14 encontramos Paulo num estado de profundo conflito de angustia e frustração. Vamos chegar a conclusão que:
“Nesse texto, a autobiografia de Paulo é a biografia de todo homem”.

Versículos
14 - A lei é Espiritual => Ou seja, a lei é santa, e o mandamento, santo, justo e bom. Essa lei estabelece os padrões aos quais a vida governada pelo Espírito deve se conformar. Entretanto:

“Pela lei vem o pleno conhecimento do pecado” (Rm 3.20) Assim, em vez de nos fornecer um modo de encontrar justificação, a lei expõe nossa condição pecadora e incapaz de cumprir os desígnios de Deus.
“Todavia eu sou carnal vendido sob o pecado” => são palavras que normalmente creditamos ao descrente, ou alguém que está fraco na fé, por esta razão alguns defendem que Paulo está falando de seu estado anterior à conversão, contudo, esta linha não se sustenta. Assim, cremos que Paulo entendia que mesmo regenerado, ele não escapava completamente dos efeitos da queda; aguardando assim, a redenção do corpo. (8.23)
Há algo no homem, mesmo no regenerado, que se opõe a Deus, e quer viver independente dele, é a herança de adão, essa realidade provoca em nós um conflito constante, e muitas vezes desanimador. Porque, ao querer fazer e cumprir toda vontade de Deus, nós nos deparamos com uma força contrária, que não é externa a nós, mas infelizmente, está dentro de nosso ser.

15 -20 “Não compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto”.
As pessoas são ensinadas que toda ação má realizada por elas provém do diabo, e ai falam uma série de palavras insensatas; do tipo:
“Naquela igreja lá o Pr. Não tira o mal de dentro da gente.”

18 - “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne não habita bem nenhum”.
O evangelho não nos torna super homens ou super mulheres, continuamos com a natureza má em nós, entretanto, ela está agora anulada pelo poder de Deus! Aleluia!
É profundamente tocante ouvir o grande apóstolo Paulo dizer estas palavras. É por isso que nós não somos “bonzinhos” porque queremos, mas quando realizamos atos de justiça é porque o Espírito de Deus está agindo em nós.
Muitas vezes isso acontece conosco, por isso, as palavras de Paulo são para toda a cristandade. Ficamos sem entender o porque fizemos tal coisa, uma vez que, não queríamos fazer, mas fizemos.  

21 - “Ao querer fazer o bem encontro a lei de que o mal reside em mim...nos meus membros...”
Após a queda a nossa natureza foi alterada pelo pecado. Gn. 2. 16-17
É uma lei, não há jejum, não há oração, não há obra o bastante que tire essa lei de nossos membros. Não importa se é pastor, apostolo, reverendo, seja o que for, és um homem? Esta lei está em você.

Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz, aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus. Rm. 3.19

...não há um justo, nem um sequer... Rm 3. 9-11

Não foi a lei, ordenada como foi para que o homem que lhe obedecesse vivesse por ela, que me trouxe para um estado de morte. A lei é boa; ela não poderia produzir este mau estado de coisas. O vilão da peça é o pecado. O pecado agarrou a oportunidade que teve quando a lei me mostrou o que era certo e o que era errado, sem me dar poder para fazer o primeiro e evitar o último. Versos 12-13

Assim, duas leis, ou forças impulsoras – A carne e o Espírito – operam dentro do crente. O eu regenerado ama a lei de Deus é devotado a ele por meio da capacitação vinda do Espírito Santo; contudo, na atual existência, a força poderosa do pecado que habita no crente, continua a operar.

Desventurado homem que sou! Maldito homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?
O apostolo da graça chega ao ápice e suas indagações, perguntando quem poderia livrá-lo do corpo caído e desconfigurado pelo pecado, uma vez que é através do corpo que o pecado se expressa. Contudo, Paulo já sabia a resposta:

25 - Graças a Deus por Jesus Cristo no Senhor.    Ele é a nossa liberdade da lei do pecado!
Paulo diz que com a mente ele é escravo da lei de Deus! Mas, segundo a carne, da lei do pecado!
Contudo, precisamos ler os dois versículos do capitulo 8, pois Paulo continua a falar deste assunto. Desta forma, ele nos dá uma noticia maravilhosa, que não há nenhuma condenação mais sobre nós, por que:

A lei do Espírito da vida te livrou da lei do pecado e da morte!!!  Rm. 8. 1-2
Deus através de Cristo Jesus, enviando seu Espírito para habitar em nós, mudou o principio ativo que agia em nós desde a queda!
Agora nós temos condição, mediante a vida no Espírito, de cumprir a vontade de Deus! Glórias a Deus por essa benção!!!

“OS LOBOS AGEM COMO AS OVELHAS”

Quem são os falsos profetas?
Certamente não são os que se declaram contra o cristianismo e lutam contra a fé cristã; mas sim, aqueles que se dizendo pastores e lideres de igrejas, distorcem as escrituras e tornam as verdades de Deus em mentira, e por consequência, as mentiras do diabo em verdades. Para estes, a verdade de Deus é mutável, ou seja, ela evolui para novos paradigmas, novas luzes, novas formas de abordagem dos fundamentos da fé; e toda essa evolução ocorre em detrimento das sublimes verdades imutáveis de Deus.

Ora, numa grande casa não somente há vasos de ouro e de prata, mas também de pau e de barro; uns para honra, outros, porém, para desonra. 2 Timóteo 2:20

Nos dias atuais é cada vez mais difícil saber quando um homem ou mulher faz a vontade de Deus, ou está apenas fazendo a sua vontade. Esta dificuldade advém justamente do fato de que, nós estamos sempre prontos a legitimar a presença de Deus em alguém pelo que esta pessoa expressa em obras, em atividades religiosas por assim dizer.
Se virmos alguém profetizando, expulsando demônios, ou curando, logo concluímos que esta pessoa é um homem ou uma mulher de Deus.

Mas, será que estamos agindo corretamente? Será que é assim que as Escrituras nos ensinam?
Certamente não. Cristo nos ensinou que estas obras que, na nossa perspectiva são características de um homem de Deus, unicamente; podem ser praticadas também pelos falsos profetas, e de maneira idêntica. Logo, milagres, profecias, expulsão de demônios, não podem ser considerados como critérios para se sentenciar: Este ou aquele é um homem de Deus.

Permanece a questão: Como então podemos identificar um falso profeta? Um lobo travestido de ovelha?
Podemos identifica-los através dos frutos.

Esses frutos são as obras externas?
Não. Os frutos não devem ser confundidos com obras externas.
  • As obras são efêmeras x Os frutos são permanentes – Jo. 15.16
  • As obras podem ser geradas na carne x Os frutos só podem ser gerados pelo Espírito – Mc. 7.6
  • As obras da carne podem gerar resultados bastante variados x Os frutos só podem gerar bondade, justiça e verdade. Ef. 5. 6-12
A bíblia fala dos frutos de um falso profeta?
Sim. O apostolo Paulo nos ensinou um pouco sobre alguns frutos maus de falsos profetas:
  1. Ensino que gera discussões frívolas e desvirtuam o foco da fé cristã; I Tm. 1. 3-7
  2. Em contrapartida o ensino dos verdadeiros profetas gera a comunhão dos santos; At. 4. 32
  3. Ensino que gera contendas, difamações, provocações, suspeitas malignas, inveja, e uma visão de evangelho baseada no lucro; I Tm. 6. 3-5
  4. Ensino que gera a perversão da fé; II Tm. 2. 17-18 – Himeneu I Tm. 1.20 – Naufragou na fé
  5. Ensino que gera heresias destruidoras, e sua autodestruição pelos juízos de Deus. II Pe. 2. 1-3
O método mais seguro para se identificar um falso profeta, é dar tempo a eles para demonstrarem seus frutos. Ec 3. 1 => Tempo de plantar e tempo de colher.

Os frutos de um profeta verdadeiro resistem ao tempo, porque estes são resultado da ação do Espirito santo na sua vida.

Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança ou domínio próprio.Gálatas 5:22-23





JUDAS ESTÁ NA CEIA...

Aprendemos através dos evangelhos sinóticos que Judas, um dos doze discípulos de Jesus, o traiu entregando-o aos sacerdotes que queriam matá-lo. Judas aparece no cenáculo junto com Jesus e os onze, em algum momento ele sai, quando Cristo o desmascara. Entretanto, ele participa de uma boa parte da páscoa ao lado de Jesus. Podemos concluir que Cristo também lavou seus pés (Jo. 13. 1-11). O fato de Judas estar dissimulado entre os discípulos, vivendo uma aparente comunhão, nos leva a uma irresistível comparação com nossos dias.
Será que Judas foi o único a trair Jesus? Será que os seus erros não continuam sendo repetidos por muitos na atualidade? Ou será que Judas foi predestinado para ser um traidor e tudo bem?
“Penso que Judas não foi escolhido para trair Jesus... mas, ele escolheu traí-lo”.
Vamos analisar um pouco da vida deste emblemático discípulo, e tentar perceber que ele escolheu entregar Jesus, pois poderia ter escolhido o contrário.

João 12. 1-8 / 13.29 => Judas era o tesoureiro da equipe de Jesus
Judas tinha uma grande responsabilidade entre os doze, era ele quem administrava as finanças do grupo. Entretanto, diz a Palavra que ele subtraia os valores da bolsa; assim podemos notar a cobiça e avareza de Judas por dinheiro. É razoável pensar, que no começo Judas não praticara esses desvios.
Lucas 6. 12-16 => Diz que Judas se tornou traidor.
Talvez este discípulo de Jesus tenha sido fiel no começo da missão; isto porque, quando algo se torna alguma coisa, fica subentendido que havia um estado anterior. Como exemplo: “Depois que o Joaquim se tornou cristão, ele se tornou um homem de caráter”. Logo, entendemos que antes não o era.

Lucas 22. 3-6 / Jo. 13. 21-30=> Judas permitiu-se ser usado pelo diabo, assim como Pedro também o foi e negou Jesus (Mt. 16. 22-23 / Jo. 18. 15-18 / 25-27). Só que Pedro buscou o perdão e a misericórdia de Deus.
Se o Espírito de Deus nos aperfeiçoa, fazendo com que nós sejamos fortes e produzamos frutos dignos de arrependimento; por outro lado, satanás potencializa as nossas imperfeições e limitações. Já temos um coração propenso a trair, a errar, a mentir, porque somos manchados pelo pecado desde a raiz, o que o diabo faz é tornar isso interessante nos seduzindo, e, nos induzindo a cumprir o desejo do nosso coração pecaminoso. Assim, a cobiça, a avareza, e outras mazelas humanas, tornam-se praticáveis como meios justificáveis para se chegar a um fim desejado.

Aplicações:
Como Judas, existem muitos nos nossos dias que vivem uma aparente comunhão com Deus, mas são traidores da fé cristã. (2 Tm. 3. 1-9)
  • Homens cheios de cobiça e avareza
  • Homens cheios de traição e falsidade
  • Com aparência de piedade
  • Corrompidos na mente
  • Resistentes à verdade de Deus
Antes de dizer que Judas foi o grande traidor do Senhor Jesus, olhemos pra nós, olhemos para a igreja brasileira, olhemos para a nossa igreja, e, se pudermos, façamos a seguinte pergunta:


Será que não estamos agindo como Judas?

FAMOSOS E VAIDOSOS CRISTÃOS – Mc. 1. 35-45

A igreja brasileira é cada vez mais contaminada com a teologia da prosperidade, que gera a cada dia novos conceitos do que seria um cristão bem sucedido e próspero. Toda essa falácia atual tem como princípios norteadores a fama e o sucesso. Assim, ocorre naturalmente, o crescimento da vaidade nos corações dos cristãos. Muitos querem ser artistas, outros celebridades, outros querem liderar para manipular; mas, todos querem conquistar fama, atrelado à fama vem poder e influência. O que o nosso Mestre tem a nos ensinar sobre fama, sucesso e vaidade? Vamos refletir?

  1. Vaidade: além de significar na Bíblia “tudo o que passa”, a palavra vaidade aponta para ideia de hipervalorização pessoal, ou seja, a busca intensa de reconhecimento e admiração dos outros. É o desejo intenso de poder pelo poder, das riquezas pelas riquezas, da fama pela fama. O cristão que está influenciado pela verdadeira motivação:
    1. Dispensa a vaidade. Jo 3.30
    2. Não deseja o primeiro lugar. Mt. 18. 1-4
    3. Cristo não era vaidoso. 1. 37
  2. O que é fama? Qual a diferença entre ser famoso e ser bem sucedido?
    1. Fama: é o conceito (bom ou mau) formado por determinado grupo em relação a uma pessoa. Para que tal conceito seja formado em relação a si, é preciso tornar-se o centro das atenções. As ditas “celebridades gospel” crescem em numero cada vez maior no meio dos cristãos; a questão que fazemos é:
      1. O homem como centro das atenções, é algo cristão?
      2. Uma classe de privilegiados e outra de meros coadjuvantes é projeto de Deus à sua igreja?
      3. Desenvolver o poder de influencia política e midiática, segundo as categorias deste mundo, é expandir o Reino divino?
    2. O espaço na mídia oferece a ilusão de que podemos obter sucesso imediato em todas as coisas, gerando em muitos corações, até mesmo de crentes, uma aspiração narcisista pelo sucesso. Cristo não quis ser famoso, também não quis ser o centro das atenções, na verdade, muitas vezes enquanto as multidões o procuravam ele se retirava para lugares desérticos. Jo. 8.30 / Mc. 1.45
  3. A vaidade e a fama não podem satisfazer o coração do homem, na verdade, o leva para abismos enganadores e angustiantes. Ec. 2. 1-11
  4. O anonimato não é sinônimo de derrota. Ec. 9. 13-18, o principio da sabedoria é o temor a Deus. Pv. 1.7
  5. Devemos buscar o equilíbrio, e pedir a Deus somente duas coisas. Pv. 30. 7-9
  6. A nossa glória está na Cruz de Cristo, essa deve ser a nossa fama: Homens e mulheres indignos, mas alcançados pela Cruz redentora de Cristo – Gl. 6.14

HÁ ESPINHOS QUE TEMOS QUE CARREGAR – 2 Cor. 12. 1-10

Este fato da vida do Ap. Paulo possui importantes lições para nós “cristãos pós-modernos”. O importante não é saber qual a origem do espinho de Paulo, mas entender toda a pedagogia, ou seja, o aprendizado que trás pra nós. Assim, vamos destacar alguns pontos importantes para a nossa reflexão hoje.

A vida cristã é um jardim de flores e espinhos – O peregrino de John Bunian.

Todos aqueles que se encontraram com Cristo e foram transformados percebem que o caminho rumo ao céu, além de ser estreito,  possui espinhos permanentes em suas margens. 

Cristo nos avisou sobre isto:
  • Mt. 10.34 => Eu não vim trazer paz...
  • Jo. 16.33 => No mundo teremos aflições...
  • Rm. 8.17 => Somos herdeiros não só da gloria, mas também dos sofrimentos, ou seja, dos espinhos...
Cristo não nos prometeu uma viagem fácil, mas uma chegada certa!

Uma dura realidade – Há sofrimentos que Deus não removerá da nossa vida.

Nos versículos 8 e 9 nós nos deparamos com uma das verdades mais difíceis de compreender: Há espinhos em nossa vida que Deus não remove. Espinho é sinônimo de sofrimento, de fraqueza, de impotência, de dependência; e justamente por essa causa nós não aceitamos os espinhos. Há muitos que, iludidos pela teologia da prosperidade, vem ao evangelho em busca de curas, bênçãos financeiras; alguns chegam a dizer que a Bíblia é um manual para se viver bem, conquistar êxito na vida e, etc. A Bíblia é a Palavra de Deus e seu propósito é nos ensinar sobre Deus!

Quando Deus disse: A minha graça te basta; Deus estava dizendo NÂO a Paulo com respeito a seu pedido, porque era esse espinho que garantiria que Paulo viveria na dependência de Deus!
Mas nós não aceitamos os espinhos e como Paulo, insistimos em pedir o alivio; e Deus continua dizendo: Você precisa desse espinho!

O espinho é, na verdade, a demonstração do amor de Deus por nós. 7

O espinho na nossa vida tem a finalidade de não permitir a soberba e a exaltação do nosso coração, o que nos levaria a decair da graça de Deus. Na verdade, não houve na historia da igreja um homem ou uma mulher usado como instrumento do Senhor, que não tivera espinhos para conviver. Ex. Pr. Benedito de Oliveira.

Os espinhos potencializam nossas fraquezas

Numa perspectiva humana, os espinhos potencializam nossas fraquezas, nos esvaziam de nós; dando-nos assim, a oportunidade de ser cheios de Deus. Dois corpos não ocupam o mesmo espaço, só podemos ser cheios de Deus se estivermos vazios.
Portanto, precisamos de espinhos na nossa vida!! – Sl.139.24

A igreja – Lugar de compartilhar sofrimentos e alegrias

Em I Cor. 12.26 Paulo nos ensina que os membros da igreja devem compartilhar alegrias e sofrimentos; assim, a igreja deveria ser o lugar onde os sofrimentos causados pelos espinhos da vida, são amenizados através da solidariedade e compaixão do outro.